terça-feira, 4 de março de 2008

O TEMPO

Após muito tempo sem atualizar, um texto sobre o tempo. Na verdade uma crônica, que tive que fazer para uma aula da faculdade. Vamos a ela:

O tempo, por Ian Mendes

Precioso instrumento do homem é o tempo. Segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, séculos, milênios e por ai vai. São dezenas de milhares de unidades de tempo que utilizamos para nos situar. Às vezes nos perdemos entre elas, mas justamente, para não nos perdemos, é que fracionamos o nosso precioso tempo.

O tempo anda no compasso do Universo e a vida anda no compasso do tempo. O primeiro caminha sereno, sem pressa, sem momento certo de acabar. Pode ser porque talvez ele nunca vá acabar, mas este assunto fica para outra conversa. Para nós humanos, o tempo tem uma certeza apenas: a da morte. Todo este intervalo entre o surgimento da vida e quando nos desligamos dela é que faz a diferença. O que somos capazes de fazer em vinte e quatro horas? O tempo, tão valorozo, não possui valor financeiro, mas possui valor histórico. Com o tempo vimos guerras, fatos importantes, revoluções, descobertas, surgimento de cidades, mudanças culturais, conhecemos gente e uma infinidade de fatos. Todos os fatos, mas todos sem exceção, poderiam e são mudados com o tempo. Uma palavra dita, um segundo que seja, pode alterar vidas. As decisões do homem sempre caminharam através do tempo. Talvez se tivesse aproveitado melhor, teríamos tido menos guerras, mais acordos, menos desigualdade, maior compaixão. Tudo se o homem gastasse melhor o tempo pensando, como vários escritores fizeram. Mas não vamos culpar o tempo, que de culpa ele não tem nada. Nós que o aproveitamos da maneira que bem entendemos.

O tempo foi e é capaz de guiar nossas vidas. Um beijo, uma briga, as horas de estudo na universidade, o engarrafamento, o sono, uma conversa no bar, as incertezas. Tempo que nos falta e tempo que nos sobra. Equacionar o tempo é tarefa difícil. Nem Einstein conseguiu explicar o tempo. O conselho singelo que deixo é levar o tempo em ritmo de música. Deixe que ele cure, situe e guie cada um de nós. Seja amigo do tempo para evitar problemas. Trate o como a batida de seu coração, a valsa de sua formatura, o gol aos 45 minutos do segundo tempo, o pedido de namoro à moça por que se apaixonou, o almoço de família, as horas de estudo para a prova de matemática, a entrevista de emprego, a espera na fila do banco, as leituras antes de dormir e por ai vai.

Existir, aprender diariamente com o bom e o mal. E neste maniqueísmo que muitas vezes nos encontramos, ter em mente que nossos pontos de vista são choques constantes que mudam com o tempo. Diário-a-mente o tempo vai nos levar. Deixe se levar. Deixe se aprender. O tempo é o nosso cérebro-célebre, o mais culto de nossos irmãos. O jovem aprender com o senil e vice-versa. Somos todos humanos, mesmos sentimentos, enredados na mesma grandeza que tentamos mensurar, mas que por fim é incontrolável.