quarta-feira, 18 de março de 2009

E sobre a violência

Segunda-feira, durante a aula de ética, tivemos um pequeno embate sobre suicídio, o fato de os veículos não divulgarem números para não incentivar a população e a constante exposição de violência na mídia. Na turma estavam presentes alunos de vários cursos das áreas de Saúde e Humanas. O que me chamou a atenção e me levou a escrever sobre o assunto aqui no blog foi a reação de algumas pessoas sobre a constante exposição da violência, de uma forma geral, na televisão. Indagavam os alunos: “a mídia hoje ensina como fazer um seqüestro”, “eles mostram perfeitamente o funcionamento de uma arma”, “eles reproduziram perfeitamente como jogaram a menina do prédio em São Paulo”.

Todas as opiniões eram acompanhadas de achismos, distantes de embasamentos e pior, mal sabiam citar o caso que estavam citando, ou seja, falavam: “aquela moça lá de São Paulo”. Não sabiam do que estavam falando direito, mas reclamavam da forte exposição da violência na mídia.

Concordo em parte que mostramos violência demais e que as vezes dá para “espremer e tirar sangue” tamanha a violência exposta. Mas o que queriam aqueles alunos? Que a mídia mostrasse só finais felizes? Esse lado real e tão presente em nossas vidas fosse deixado de lado? É óbvio que existem outras pautas interessantes, mas se o mundo anda tão hostil e conturbado, não tem como deixar de lado este assunto. O que se pode mudar é a abordagem.

E sobre o fato de detalhar como foi feito um sequestro ou como foi o trajeto do avião que caiu em Goiânia, nada mais justo. É função da imprensa informar. A riqueza dos detalhes e o crescimento da tecnologia nos levaram a esse ponto. Novos programas que permitem uma reprodução fidedigna do real.

Talvez aqueles(as) colegas de classe estejam mais preocupadas com entretenimento na TV ou desconheçam a função de informar que a imprensa tem. Mudemos a abordagem sobre a violência, mas deixar de tocar no assunto, só quando o mundo estiver em paz.

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